quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Snowden's Jig

Some songs don't need words. Here is a simultaneously modern and traditional song. It reminds me of the art studio of the great Eduardo Nery where his African art collection coexists with all his contemporary work. There aren't also any words: you get in and just like what you see; it's something that you feel. And this is the most important. Like when we enter in our house and the walls are smiling welcoming us back. And like when you leave your shoes at the door to take care of the floor. And a kind of way when we turn the curtain leaving the sun-sprinkling in that yellowish tone that warms the atmosphere. Just as a look inside another eyes that takes time and leads to smile. All this so full and speechless.


| Pt |

Algumas canções não necessitam de palavras. Aqui há um toque moderno e simultaneamente tradicional. Faz-me lembrar o atelier do grande Eduardo Nery onde a sua colecção de arte africana coexiste com toda a sua obra contemporânea. Ali também não são precisas palavras: entra-se e gosta-se do que se vê, é algo que se sente. E isto é o mais importante. Mais ou menos como quando entramos em casa e as paredes nos sorriem as boas-vindas. E deixamos os sapatos à porta de modo a cuidarmos do chão. Mais ou menos como quando afastamos a cortina deixando o sol espargir-se naquele tom amarelado que bem aquece o ambiente. Da mesma maneira como um olhar dentro de um outro que se demora e leva a sorrir. Tudo isto tão inteiro e sem palavras.