segunda-feira, 8 de maio de 2017

Sign of The Times

Sinais dos tempos. Mais um ano. Mais um. O espumante que bebemos. O pormenor do que se veste nestes dias. Deus não há-de reparar noutra coisa que não seja a alma. A cor que levamos por dentro e emanamos em volta do corpo. Podia ser uma coisa quente ou simples, japonesa. Não escolhemos. O mundo vive-nos. Falo de mim. Eu, e esta música sobre paixão. Espuma de miosótis. Tanto amor-pólen dentro das cores florais que nos invadem os vasos, os quintais. Estrelas de perfume. E pirilampos noturnos nos olhos dos gatos. Ou então sou eu a reparar melhor nas formas luminosas. E na mão que escreve densamente. Não abandona o poema. Do chão não se vê bem o rumo das coisas. É tudo incompreensível. Em qualquer língua. É preciso voar. Un peu de musique para nos entendermos.