sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

For You

I Never Knew There Was A Word For It, de Adam de Boinod é uma aquisição recente aonde gosto de ir retomar o fôlego, porém, continuam a existir palavras por inventar em todos os idiomas. As lacunas aparecem mais pronunciadas em relação a certos sentimentos que experienciamos mas não sabemos dizer; e às tonalidades que queremos identificar sem aceder aos valores percentuais das misturas. Eu sei que parece complicado mas é bem simples. Tão simples quanto a amplitude daquela palavra que começa por «A» e que tem a inicial do meu primeiro nome, depois a outra do meu apelido e que termina com a inicial do teu nome. No início, gostávamos de brincar, inconscientes das correntes acródromas do sangue, atribuindo culpas a cores que víamos distintas pelos limites do nosso género. E eu que até acreditava que a inspiração provinha de um poço negro, agora penso que, quando muito, talvez possa por vezes espargir da saudade. A saudade às vezes rasga. Mas o verbo acompanha-me quando abraço as trinta e cinco alegrias e meia, e comigo a emoção ganha estes campeonatos ao lado da razão. Quando é a sério, mas mesmo a sério, é quando nos apercebemos de que, afinal, aprendêramos a gostar do que antes era cinza-baço; e provavelmente nada em nós mudou mas repentinamente tudo cintila. Here I go, I´ll tell you what you already know/ If you love me with all of your heart/ If you love me I'll make you a star in my universe.