quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Water From the Same Source

Já algum tempo que não falava sobre o arco, na verdade foi em Junho que aqui disse acerca dele, mas hoje de manhã em Scheveningen Boulevard voltou a surpreender-me. Demorei algum tempo a retirar a câmera da mochila. As cores perderam um pouco a intensidade. Detive-me a olhar em frente. Hesitei entre ficar expectante ou levá-lo comigo. Não conseguia apanhá-lo inteiro. Escapava-me o efeito completo devido à minha proximidade. Tirei duas meias-imagens. Esta é uma das duas.


Não sei se tocaria a areia. Talvez soerguesse lá de dentro um quase idêntico semi-elo, mas um pouco maior, abraçado pela terra. Não sei se dentro da areia as cores também nascem como vejo crescerem no ar. Não sei se o Sol se entranha dessa maneira. Não sei se a água se resgata por dentro do chão, mas aquela que chovia era a mesma do mar. Igualzinha à que choro quando me sinto muito viva. É uma água feita das cores que existem em nós. Porque tanto do que somos é água. O resto é uma ideia crepuscular. Com maior detalhe. Mas há-de nascer um dia um círculo. Contínuo. Que emerja da areia e se solte, primorosamente. Um arco inteiro. Perfeito. E eu hei-de ter a câmara pronta. 

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