sábado, 19 de outubro de 2013

Time Flies (vs. Kinetic Sculptures)

A propósito dos últimos posts relacionados com a Holanda e, lembrando-me da maravilhosa obra de Theo Jansen (também ele natural de Scheveningen, Haia, onde fotografei o arco-íris e a face esculpida de Igor Mitoraj), trago agora as esculturas cinéticas tridimensionais de Anthony Howe que merecem a máxima atenção. 



Por exemplo, esta face cinética atravessada pelo vento parece ter sido esculpida em simbiose com a natureza, como se os cem pequenos painéis de metal, movidos independentemente, lhe impregnassem vida, através das expressões que, conjuntamente, se conseguem visualizar. Esta semana o colectivo The Creators Project deu visibilidade a outras estruturas de Howe. 


No anterior vídeo são prestados - por este artista - alguns esclarecimentos relacionados com a sua inspiração para a realização do trabalho hipnótico. Tendo iniciado o seu ofício na pintura, Howe revelara-se "entediado com tudo o que estava estático no mundo visual, que queria ver a fluir". Pelo que decidiu desenvolver os seus projectos em 3D, através de programas de animação, dando uso ao material de que dispunha por meio de maquinaria integrada de corte em metal curvado. Como resultado, criou as esculturas cinéticas eólicas. E há mais peças a seguir, ao som de Erik Satie:



Agora, depois de décadas de trabalho, Howe revela que tem planos para criar a maior escultura cinética em todo o mundo (com cerca de 25 metros de altura) mas até lá a competição intensifica-se e a tecnologia caminha a passos largos porque a luz e a cinética já andam de mãos dadas a puxar por um futuro que se espreita cada vez mais próximo. Os inventores são os WHITEvoid e o vídeo Kinetic Lights DMX é uma amostra do que já não se pode perder. 




E embora o horizonte tenha muito mais artifício, a luz vem de trás: afinal, tudo começou quando friccionamos as duas pedrinhas... mas o tempo voa.

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