terça-feira, 20 de agosto de 2013

Rags to Rags

Às vezes, sente-se o batimento cardíaco de uma música. Esta é velhinha mas eu gosto de ouvir. 


Nem sempre é preciso analisar-se a letra de uma canção para uma música nos conquistar e, até acontece, a partir de um único gole, cair-nos toda uma banda no goto. São as primeiras impressões e as respostas afectivas que damos a cada coisa. Quer se queira quer não, há algo inexplicável nas empatias. A coisa acontece por si mesma. Funciona de rajada e apesar de, também nesta questão, podermos tentar atribuir responsabilidade ao tempo, o começo de tudo não se pode apagar. Mesmo assim, se esta canção fosse minha eu apagava-lhe a letra por inteiro e colocava lá outra, ou, quando muito, limitar-me-ia a deixar-lhe intacta a primeira linha do refrão: “Rags to rags and rust to rust”, que sempre é melhor do que “Ashes to ashes and dust to dust” ou, não tão mórbido. E "trapos para trapos" não deixa de ser uma proposta aliciante, se pudessemos partir daí, soa literalmente como pano para mangas de um texto musical. Mas, apesar do desafio, neste caso, também tenho a reiterar que valem a pena os quase vinte e sete segundos introdutórios para se ouvir o coração desta música (retirada do "Beautiful Freak"), pelo menos, no meu caso, terá sido o suficiente para comprar o CD em 1996. E, tanto por tão pouco, dá que pensar.  Sorry Mr. E!... De facto, na altura, ainda não havia no mercado cartolas inspiradoras deste calibre...

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