quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Baby Says

A conjugação de uma voz feminina e de uma masculina. Uma noção de marca d'água usada com grande acerto sobre uma composição musical. Ou uma vibração escalonada o que, por outras palavras, é dizer mais sobre essa dinâmica. Porquanto até na música se bem percebe a vantagem de uma relação relativamente a ambos os elementos a sós. Soa melhor a complexidade das cordas vocais onde se encontra a junção das sub-componentes. Privilégios de espaço num território sonoro. Mas nem todos os recursos combinam assim, aliados à música. Ponho-me logo a imaginar este duo em palco. Cada um a pilotar o seu microfone. Cantam olhando directamente entre eles, de modo que os olhos alinhando oscilações de timbre, antevendo manobras para se manterem a par e, como consequência, muito mais força dada à letra. E muito mais gravidade, muito mais estrutura dada à canção. O significado da letra não é mesmo nada importante. A imagem de estarem juntos sim. E por falar nisso hoje era dia de... Não te dizer adeus... Esta palavra não é coisa que se diga a quem se ama. E eu ainda ontem dizia que nem tudo o que é inominável é mau. Há tanta coisa sem nome. Por isso eu gosto muito de conhecer o que acho que só eu conheço. Coisas que digo e que gosto de ouvir da tua boca. Tudo, tudo, mas mesmo tudo. Gosto mesmo de tudo o que dizes. 


Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.