sexta-feira, 14 de junho de 2019

Nantes


A dimensão do sonho. Normalmente, não me lembro. Sei sobre o que vivi. Era a louca corrida de Cherbourg a Nantes para apanhar o avião. Lembrei-me disto. Ficava mais perto que voltar por Paris. Não sei qual a relação com o dia de hoje. Nantes e o esse de Sonho que não se lê. Não que seja por falta de importância. Se calhar, se não fossem aqueles lugares, teria sido outra volta qualquer. Mas pelo menos eu gosto desta conjugação entre passado e presente: A minha grande viagem. É humano não se nascer ensinado e querer muito saber. Aquilo tudo, instante a instante. E a iluminação que por vezes é intuir. Suprimir as respostas óbvias e seguir com a vida. Senti-la. Fazer mais confusão em nome de quem sou. Decidir escrever-te. Confiar que sejas uma espécie de espelho, que é o que acontece no caso do amor eterno: Confia-se. Com a mesma disponibilidade que entrego à natureza a razão de tanta outra geografia e até chego a perguntar: - Qual é a ciência dos sonhos? E respondo sem ouvir, sem ver, mas a sentir o aroma do eucalipto, do mar (mas o meu mar na minha costa), e dos perfumes que a chuva leva à terra e o vento levanta.

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