sábado, 16 de setembro de 2017

S t r o m a e

Ruandês pelo pai, belga porque lá a terra o fez nascer, compõe uma mistura de sons ímpar na sua mesa. Invertemos a palavra maestro et voiláUma espécie de tutor entusiasta pela música electrónica aliada ao rap e muito mais. Crítico entusiasta da sociedade, autor e mestre de discursos fortes de verdade e cerimónias despidas de adornos. Afinal pode ser puramente simples descrever os dias e seguir com eles um pouco por todo o lado. Stromae faz a sua música em jeito black and white com um sorriso na face. "Qui dit proches te dis deuils/ Car les problèmes ne viennent pas seul/ Qui dit crise te dis monde dit famine dit tiers-monde/ Qui dit fatigue dit réveille encore sourd de la veille/ Alors on sort pour oublier tous les problèmes". Participou nas TED talks com uma humildade bilingue comovente para explicar a construção das suas músicas, recorrendo a Alors on Dance:


Tudo motivos para a sua aparição se ter tornado viral. Para milhares de seguidores nos seus concertos. Não é apenas música do que aqui se fala, é todo um espectáculo ainda que se dance em frente. Talvez a particularidade de se transformar em palco como em Formidable aqui aos 58 minutos:


E diz-se genial apenas porque está no sangue dos artistas a coragem desprovida de senso comum de se diferenciarem dos transeuntes mundanos. Está só ao alcance destes, não se aprende a ser mas podemos assistir de longe ao improviso não menos provável nesta versão-projeto filmada para o clip mas atenção que «Ceci n'est pas une leçon».  


Na sua originalidade, e, sem qualquer receio em dar-se a conhecer, chamou a atenção do mundo. O seu registo manteve-se quando partiu à conquista da América por Seattle, Nova Iorque, e em São Francisco partilhou outro capítulo do seu diário de bordo onde o improviso novamente a caracterizá-lo: Dois, Três, Quatro.


Muitas versões, ocasiões para só uma palavra, um só título, uma só canção em repeat, mas também justamente um só adjectivo: Formidable