sexta-feira, 26 de junho de 2020

Moon River


Depois da Audrey, uma versão mais contemporânea a dizer o mesmo poema. Cheio de amor. Ou cheio da falta de amor num mundo cheio de coisas muito sólidas de matéria. Tirando-me do sério. Coisas muito materiais essas, sem sonho, sem o nosso tempo, sem partilhas de nada. Há porém outras que somente flutuam. Como um lenço de seda ao vento com um nó rente ao pescoço. E olhamos em frente sem nos vermos. Era um encontro de angustias caminhar e não encontrar nada além de breves momentos com hora marcada para acabarem. Queria outro brilho para trazer ao meu lado na vida. E teria sempre à noite a bola da lua no rio. Era a minha visão de paraíso certo na terra, até outro dia, uma nova versão me bater à porta.

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