domingo, 18 de setembro de 2016

Opening

Se pudesse apresentar-me por meio de uma música, com certeza não seria inventada por mim. Seria reconhecê-la por alguma alma prodigiosa e colar-me a ela. Uma música como esta. Eu sei que sou toda a viagem da minha existência. Eu sei que percebo a minha tremenda importância. Só eu sei atribuir a validade da minha vida. Decidir a meu favor sem qualquer complexo de responsabilidade. Utilizar a minha linguagem encriptada em música. E tu a deixares-te transformar por dentro. Eu com medo do que há por dentro. Não comunicando o medo. Ainda iremos ver o que isto vai dar. Até lá, enquanto escrevo, o meu ouvido-interno são os meus olhos e a minha vontade de fazer poemas são os mesmos dedos que carregam no piano:





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