sábado, 26 de julho de 2014

Bellevue

The rhythm of a song is what makes me fall in love with it. I believe I've already said this. The lyrics of GNR songs are peculiar in their sense meaningless. Like those streets with interesting elements that I have to shoot, even though I'm already aware that afterwards I have to go back because I tend to walk paying good attention to the signs. Light, lightly as some-who calling for me. Rendez-vous.




«Leve levemente como quem chama por mim»
Fundido na bruma; nevoeiro sem fim
Uma ideia brilhante cintila no escuro
Um odor; a tensão do medo puro
Salto o muro, cuidado com o cão
Vejo onde ponho um pé; iço uma mão
Encosto ao vidro um anel de brilhantes
É de fancaria a fingir diamantes
Salto a janela com muita atenção
Ponho-me à escuta, bate-me o coração

Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous

Porta atrás porta pelo corredor
O foco de luz no último estertor
No espelho um esgar; um sorriso cruel
Atrás da ultima porta a cama de dossel
Salto para cima, experimento o colchão
Onde era sangue é só solidão

Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém aparece ao meu rendez-vous

Os meus amigos enterrados no jardim
E agora mais ninguém confia em mim

Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous

As minhas amiguinhas lá no jardim
E agora mais ninguém confia em mim
Era só para brincar ao cinema negro
Os corpos no lago eram de gente no desemprego

| Pt |

O ritmo de uma canção é o que me faz apaixonar por ela. Creio que já aqui disse isto. As letras dos GNR são peculiares no seu sentido sem sentido. Como aquelas ruas com elementos interessantes que tenho de fotografar, mesmo sabendo que depois tenho de voltar atrás porque costumo andar atenta aos sinais. «Leve, levemente como quem chama por mim». Rendez-vous.