Quando falamos de quarentena e, ainda sem falar, ficamos petrificados. Num bloqueio de liberdade. Nem saímos nem ficamos nestas circunstâncias. è a procura de equilíbrio no limbo de nós mesmos. De noite, parece ser mais ou menos igual. De dia não é a mesma coisa. É tempo de o tempo estar suspenso. Os pensamentos são os actos que avançam. Eu fiz um longo estágio num país muçulmano. Para agora observar as reacções dos outros, que nunca tiverem anúncios. Mas toda a gente tem de viver. E contar a sua estória.
quarta-feira, 29 de abril de 2020
domingo, 19 de abril de 2020
Not for Me
Ballads are being sung. É o sentido da vida, dos desejos vestidos. E o poema, identificámo-lo quando o ouvirmos. E podíamos sorrir no mesmo momento. Como num mergulho, dois corpos que afundam em água ao mesmo tempo. Talvez quando vier o verão e o pudermos sentir, além de perto do mar, também na rua. Numa dessas manhãs brilhantes em que nos levantamos em euforia, e não adiamos nada.
quarta-feira, 18 de março de 2020
God & Satan
I look at God and I see trouble. The war is near. All the good poems are made and sent. Mas que mistérios são estes? Quem levará para longe a água negra do fundo das ruas? E o vazio e o silêncio dos novos dias? Entretanto, o passeio sem euforia a conduzir-me num movimento rápido de ir lá fora. Em casa é tempo para pensar em tudo com tempo. E beijarei a natureza sempre.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Something to Remind You
Morfologia dos livros. Mémoires. Não importa em que língua ou com que dedos tocas. Quando começa é já sobre futuro. Mesmo de borracha na mão. Não se apaga porque é de chama e é de voz. Está escrito no pensamento como antecede as canções. Não se ouve porque é de dentro do silêncio. Porque as coisas se invertem e retornam sem que olhemos para trás. E mesmo que nada tenha um nome, lembras-te.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
Canção de Engate
A aventura dos sentidos. Instantânea. Se estiveres em silêncio, a luz acende-te. Vê-se o poema a crescer em ti. Decoraste cada palavra. E danças ou queres dançar. É uma maré que nos leva. Eu danço. A mim levam-me certas canções. É o sangue rendido em artérias que nem sempre sinto. Um rasgo de loucura que aceito. O acontecimento descrito é sobre o poder (de vida) contido na música que a faz matéria. E sinto na pele dos braços a alegria dos instrumentos, tomando-me.
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Esta noite teria sido bom regressar a Sassetti. Profundamente, para sentir a vida como feita de um corpo forte capaz de conter todos. Mas volto à minha língua portuguesa com mais palavras. E, desviando-me da terra inteira, por uns tempos, terei Portugal. Por cá, acho que está na moda a Bárbara Tinoco. Mas sou dona dos meus instintos. Em português preferiria tantos outros nomes que já não passam na rádio. Rejo-me pelos meus elementos. A voz masculina e o meu ouvido que nela se atrai. Talvez mais ainda a visão de um caminho nas tuas palmas. Ou uma coisa que também tivesse tamanho para os outros. E querer que toda a gente o sentisse. Como uma força estética que parece que mata. E repetir o mesmo mantra em grupo. Não importa que se esvazie essa ilusão com o tempo. Como talvez um rio a afogar-se de Sol de manhã. E tudo diferente depois, porque nada acaba nem nada permanece. Ou então, estar numa parte autónoma do mundo com mais acção do que as outras. Sem mensagens de caos e terrorismo, mas apenas mais amor por favor. Estou certa de que (em felicidade) tudo se funde. E, para recomeçar o ano (a escrever) tem de haver ainda uma certa mistura na mesa: as palavras são quase as mesmas mas, hoje, prefiro o Rubel para as partilhar.
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