segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Partilhar


Esta noite teria sido bom regressar a Sassetti. Profundamente, para sentir a vida como feita de um corpo forte capaz de conter todos. Mas volto à minha língua portuguesa com mais palavras. E, desviando-me da terra inteira, por uns tempos, terei Portugal. Por cá, acho que está na moda a Bárbara Tinoco. Mas sou dona dos meus instintos. Em português preferiria tantos outros nomes que já não passam na rádio. Rejo-me pelos meus elementos. A voz masculina e o meu ouvido que nela se atrai. Talvez mais ainda a visão de um caminho nas tuas palmas. Ou uma coisa que também tivesse tamanho para os outros. E querer que toda a gente o sentisse. Como uma força estética que parece que mata. E repetir o mesmo mantra em grupo. Não importa que se esvazie essa ilusão com o tempo. Como talvez um rio a afogar-se de Sol de manhã. E tudo diferente depois, porque nada acaba nem nada permanece. Ou então, estar numa parte autónoma do mundo com mais acção do que as outras. Sem mensagens de caos e terrorismo, mas apenas mais amor por favor. Estou certa de que (em felicidade) tudo se funde. E, para recomeçar o ano (a escrever) tem de haver ainda uma certa mistura na mesa: as palavras são quase as mesmas mas, hoje, prefiro o Rubel para as partilhar. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.