quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Lujon

 

Quando uma manhã me disseste quem eu era
Porque sonhava com dias de sol e rio e riso,
Porque somente a vida cheia, e cada dia que passa, são isso.
Compreendi as razões de sermos feitos de matérias diferentes
que não se misturam, e que na verdade se distanciam 
no tempo certo.

E eu, refleti com a lua em círculo naqueles dias,
No equilíbrio dos meus sentidos, com o auge de tudo em tudo
Na impaciência de esperar sem ver a noite ser noite
olhando dentro do escuro a magia de um céu despido de cores
no qual só eu reparo.

Então, seguro a caneta na mão, sabendo quem eu sou
Sentido o silêncio azul das águas de verão e a alcova do mar
antecipando-se, como se antevê uma paixão a chegar
ocupando todo o espaço da desordem num outro lugar
e, deixando-me levar, não paro. 

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