sábado, 19 de setembro de 2020

Voyager

 

Sentido de uma babilónia eletrónica. Seguramos o poema com a respiração atenta e o embalo. Substância verde cheia de luz.

Um punhado de plantas (com e sem flores) de destinos nativos que não colhemos, que não trazemos. Uma pequena história. Um conto breve. 

Ruínas de instrumentos sem idade. Ruídos com tribos inteiras por dentro. Rituais de batucar enquanto um ancião fala.

Malfadado génio musical. Memórias que mais parecem infâncias com boca. Misturas. Música nascida de uma só mãe. Mãos e um corpo dançante.

Abandonado-se dignamente de asas abertas dentro do som. Atrás desse caminho, irei.


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