sábado, 26 de novembro de 2016

O Sentido do Tempo, IV

Ainda sobre o tempo, o sentido de tudo
Eu disse-te que seria uma oração
Sem deuses, porque todos são deuses

Se soubessemos as respostas rápidas
Do mundo, não precisariamos de céus
Se soubessemos, não seriamos 

Como um alarme ou uma canção, 
E entre nós, correriam estrelas, 
Correriam luas, e o vento devagar

Mas eu não sei por onde andar
Porque eu não sei para onde olhar
Só onde tu estiveres, haverá magia 

Ainda sobre o tempo, e as horas
Foi um movimento que eu não queria
Fugir dali, e andar por qualquer lado

Mas agora, como viver deste longe daqui
Há um postigo para partilhar loucuras
Lembrar a bravura e perseverança
Com saudade da criança que vive em ti.


Cherbourg, 26 de novembro de 2016

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