I am so in the mood of music and dancing. Inventar letras preenchidas de orquestra onde, em vez de as ouvirmos, flutuamos consoante o som se levanta ou deita. Se levanta ou deita... Se ergue ou plana, como aquelas gaivotas com prenúncios de tempo para os lados do mar. O piano mantém o seu ritmo e as gaivotas olhando das alturas o que vai passando por baixo. Certas músicas como aves, também voam. Como sonhos. Como balões na sua alegria ascendente. Algo que me enche o coração. Uma coisa muito cheia de ar a subir. Como o amor. I am so in the mood of hapiness and letting it be.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Teardrop
Os Massive Attack têm esta música cujas versões se multiplicam. Aonde nos leva, por exemplo, a voz de Aurora... E talvez por o original ser extraordinário, foi possível fazer-se uma versão usando um sintetizador, legumes (beringela, cenouras, cogumelos) e frutos (kiwi, uvas, vermelhos), mantendo um circuito fechado. Fernando Pessoa disse que «a loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana (...) Ter consciência dela e ela ser grande é ser génio.» Talvez tudo o que marca a diferença tenha uma relação directa com a materialização da loucura. E sabemos que aceitamos em consciência a nossa loucura quando deixamos de surpreender os outros com aquilo que fazemos.
tema original
cover Aurora
cover J.Views
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sábado, 18 de fevereiro de 2017
On the Nature of Daylight
Eramos sempre mais vivos nas fotografias antes de as tirarmos. Esta ideia boa de querer olhar para trás e ver as cores como eram lá atrás. E outras coisas vão também mudando. Os carros já não têm chave. As ruas já não sabem os seus próprios nomes. Os loucos não sabem os seus nomes próprios. Faltava-me um afia-lápis na mesa, para aperfeiçoar as letras manuscritas. E uma borracha. Mas as coisas verdadeiras vão-se endireitando sozinhas. A natureza da luz do dia impera em todas as madrugadas. Ou então serei eu, sempre eu, debaixo da nossa tenda a sorrir.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Say My Name
Sobre interpretação. Pensar nos idiomas. O meu nome argentino, é universal. A tradução musical, no entanto, é uma por cada voz. Também a minha vontade de ouvir é uma para cada voz. E nisto o telefone a tocar para te ouvir. Aquela tua voz que diz o meu nome. De repente, tive uma vontade enorme de atravessar todas aquelas horas. Esta magia que nos liga. Independentemente de onde estamos como se o mundo a rodopiar num dedo da nossa mão. Eu e tu, uma coisa só.
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domingo, 12 de fevereiro de 2017
Ba-de Da-de
Um exemplo ainda melhor. Para nos deixarmos tocar ou desligarmos. É isto o gostar. Querer, não querer. Haver ou não sintonia. A meu ver, são os estados de alma que se comunicam, que se entendem, que se desejam. Há que ter a mesma febre de quem nos compreende, verdadeiramente. O que importa é a cumplicidade e o bem-estar. E algum egoísmo recíproco. Voltando aos estados de alma... Assim de repente, haveria para partilhar a tristeza e a alegria; e é isso que leva as pessoas a casar. Apenas na ficção a dor é uma coisa mesmo muito bela. Cá fora não é bonito assim sem partilhar. Não há ninguém para saber o que estou a pensar, o que quero comer, e quando sinto saudades de alguém.
Ni Su Nave
A banda sonora do Disconnect trouxe-me aqui. Então eu vim. Porque há coisas que vale a pena perseguir. E há homens que nascem para iluminar os filmes, transformando-os. Sem música as coisas não teriam jamais a mesma dimensão. Uma escada para podermos contemplar o resto, acima, o tanto que existe para lá do que conseguimos ver. Acho que só descobrimos quem somos através da música. E quem queremos a nosso lado através da mesma música. Porque somos muito mais em alma do que em corpo.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
No Reason
Não há razão para não conseguirmos. Abraçar aquele infinito. Quando me lembro das tantas imitações que me faziam soluçar a rir. Mas existirá no mundo algo melhor do que isso? A tua vocação para palcos e a minha loucura por momentos de alegria. Não há razão para não viver assim. Vamos então abraçar em concha o melhor de nós e festejar ao Sol (mesmo que as nuvens desçam), porque a vida é exatamente não haver razões para não viver os impossíveis.
sábado, 4 de fevereiro de 2017
You & Me
A música electrónica tem este poder. Uma mesa de mistura pode conter múltiplos instrumentos e vozes e ecos de vozes. É isto que eu penso da tecnologia e da evolução. O tempo ajuda a criar música. O tempo ajuda a recuperar o amor. Os corpos podem conter múltiplas pessoas. Dependendo dos nossos humores, das suas misturas, empatias. E os ecos são as bocas, buscando-se, abocanhando-se. Saciando-se uma na outra. O corpo da gente é tão perfeito que temos as mãos para nos tocarmos na nuca, nos ombros. As mãos para as costas, aproximando-nos. As pálpebras dos olhos para nos sentirmos melhor invadindo o outro. E sermos por dentro só um. Tu e eu.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Imperfect
Tudo pode ser imperfeito menos uma música que contém um riso lá dentro. Imperfeitos, sabemos que somos. Mas lavada a alma com uma gargalhada, ainda que ligeira, e, tornamo-nos diferentes. Há aquele momento em que os olhos brilham vivos. O rosto toma uma dimensão em que tudo se perdoa a todos. Há um cheirinho a maré vaza com o sol por cima, ou a terra fresca depois da chuva. Há o instante em que o livro vai acabar e vamos saber o fim. Ou eu a apanhar um avião para um lugar novo e a imaginá-lo a pouca distância com aquela expressão antecipatória da alegria que aí vem. Ou ainda melhor, na partilha, porque são precisos dois na perfeição. Então imagino-te a dançares comigo, frenéticos, numa noite de festa. Portanto, a solução é concentrar-me em rir e estar feliz. É dia 2 de Fevereiro. E tudo pode ser imperfeito menos um sonho onde tu e eu de mão dada e barbatanas nos pés rimos dentro de água.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Ivory
Used to think about you when I should start to feel this weight. Marfim. E por falar em coisas muito preciosas, haverá palmeiras na praia. Penso que são palmeiras. Mas sei que são praias com sombra. Falando de tartarugas e de dias cheios de sol. Tortues é como se diz das tartarugas neste país e nas ilhas acessórias. Falando de temperaturas altas, as mais favoráveis do ano. E, como te disse, eu não acredito que vá chover. Falando da América. Aquela em pedacinhos mais ao centro já tão pronta para me receber. Falando de nós, outra vez, nós. Sempre, eu e tu.
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