sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Hang Out

Do you want to hang out? I was away of all tomorrows that sing, it was a place like a branch between late spring and early fall, in a past which I seemed to dance. Was a small leaf about to fall. One musical score of months have passed since I landed up in your arms. Or would I say, inside of your arms, sun rays. A place full of affection, warmth, huge of love. And now how not wanting to stay here for all the tomorrows? This way I have it all, I am everything.


| Pt |

Do you want to hang out? Eu estava longe dos amanhãs que cantam, era um lugar como um ramo entre o final da primavera e o início do outono, um passado onde me parecia dançar. Era uma pequena folha prestes a cair. Passou uma pauta de meses desde que caí nos teus braços. Melhor dizendo, dentro dos teus braços, teus raios de Sol. Um lugar cheio de tudo, calor, enorme de amor. E agora como não querer permanecer durante todos os amanhãs do mundo? E eu assim tenho tudo, sou tudo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Strong

Excuse me for a while. While I'm wide-eyed. But it was the elections. Seems to me that the fog lowered around the world. And that the whole world was awake. Seems to me that people are very strange creatures that get used to what repels. But the others are the others. A new day has born with the rain. But I feel strong because love fills me so much that I can't find no more room in myself.



| Pt |

Desculpa-me por um momento. Um momento em que estou com os olhos arregalados. Mas foram as eleições. Parece-me que o nevoeiro baixou em redor do mundo inteiro. E esse mundo inteiro acordado. Parece-me que as pessoas são criaturas muito estranhas que se habituam ao que as repele. Mas os outros são os outros. Chegou um novo dia com a chuva. Mas eu sinto-me forte porque o amor enche-me tanto que não encontro mais espaço em mim.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Hold On

And we want to be in a kind of hammock. I'm holding to you, grabbing me more. The life shall repeat the days of today. And hold on to it. Because I desire none of the happiness of others. I am the center of a truly complete world. You would said "vraiment" ... And what good walk. Effervescent. With bubbles. I wanted to access the structural silence of Herberto flowers. I can only wish impossible things now that I have you. But what do dreams know about boundaries?


| Pt |

E queremos ficar numa espécie de rede de descanso. Eu agarrando-me a ti, agarrando-me mais. A vida que repita os dias de hoje. E seguremo-la. Pois eu nada desejo da felicidade dos outros. Estou no centro de um mundo verdadeiramente completo. Tu dizias «vraiment»... E que boa caminhada. Efervescente. Borbolhante. Queria entrar no silêncio estrutural das flores do Herberto. Só posso desejar coisas impossíveis agora que te tenho. Mas o que sabem os sonhos sobre limites?

Ana Lee

I love tea. In the literal and practical sense of it. Some things don't change. And we grow remaining little. Friends and fools in love. And we do not grow but we care for each other. Other things are changing. Maybe we are growing. We don't need to be alike. We respect each other. My eyes seeing the joy growing. I start to convert to the orthographic agreement. I like more and more the surrealist poetry. I am in favor of Reininho lyrics, untranslatable, filled with rhythm. And I feel like dancing.


Eu bebi, sem cerimónia o chá
à sombra uma banheira decorada,
num lago de djamboo

E dormi, como uma pedra que mata
senti as nossas vidas separadas,
aquário de ostras cru

Ana Lee, Ana Lee
meu lótus azul,
ópio do povo,
jaguar perfumado,
tigre de papel

Ana Lee, Ana Lee
no lótus azul,
nada de novo
poente queimado,
triângulo dourado.

Se ela se põe de vestidinha,
parece logo uma princezinha,
num trono de jasmim.

E ao ver-me,
embora em verde tónico,
no país onde fumam as cigarras,
deixei-a a sonhar por mim.

Ana Lee
meu lótus azul
ópio do povo
jaguar perfumado,
tigre de papel

Ana Lee, Ana Lee
no lotús azul
nada de novo
poente deitado 
triângulo molhado

Ana Lee, Ana Lee
meu lótus azul
ópio do povo
jaguar perfumado 
tigre de papel 

Ana Lee, Ana Lee
no lótus azul,
nada de novo
poente queimado,
triângulo dourado.

São unhas que gravam
as unhas que cravam
da pele em mim
são mãos que levantam 
são arroz xau-xau

| Pt |

Adoro chá. No sentido literal e prático. Pois certas coisas não mudam. E crescemos sendo pequeninos. Amigos e loucos no amor. E não crescemos mas cuidamos muito. Outras coisas vão mudando. Se calhar, crescemos. Não precisamos de ser iguais. Respeitamo-nos. O meu olhar vai vendo uma alegria em crescendo. Começo a converter-me ao acordo ortográfico. Gosto cada vez mais da poesia surrealista. Fico em defesa das letras do Reininho, intraduzíveis, cheias de ritmo. E apetece-me tanto dançar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Feeling Good

It was the first of September. Some projects begin coming out of the drawer. The transparent drawer of minds. Things that can be feed. It was never for me the big noise of the wheel. There is the white glue and baton for paper to our presents. While there is the perfect time to say words that are not words but strong feelings like thunder. Here the noise interests me, shaking me in the days of this life. In general, we ask ourselves. Sometimes a spiral of reflections that escape into the nets. Let us be read. And what want the words that we don't retain? Just like all the others. But we may not be there when we are feeling so good a little far away, just living.


| Pt |

Era o primeiro de Setembro. Alguns projectos começam a sair da gaveta. A gaveta transparente das ideias. Coisas que nos alimentam. Nunca foi para mim o grande barulho da roda. Existe a cola branca e o baton para papel para nos presentearmos. Enquanto há o tempo perfeito para dizermos palavras que não são palavras mas sentimentos fortes como trovões. Aqui o barulho interessa-me, abalando-me nos dias desta vida. Em geral, interrogamo-nos. Às vezes, numa espiral de reflexões que se escapa nas redes. Deixamos que nos leiam. E o que pretendem as palavras que não retemos? Tanto quanto as dos outros. Podemos é não estar presentes quando passam por estarmos tão bem um bocadinho longe dali, apenas a viver.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Eye of the Needle

We passed through the tight eye of the needle. A small space, so small that I believe has saved our souls. At least in those blue days. And I wanted to tell you about the power that love gives. It looks like a music with the size of the world where I move. Or I could be a grand piano, a harp. Anything with a lot of sound close to the sea in a day of high tide. And secretly I see you in everything. Always by my side. Things impregnated of life, color, books. Sprawling golden towels until the silvery night comes to make us get up. And let's go.



| Pt |

Passamos através do olho apertado da agulha. Um espacinho assim tão pequeno que acredito nos tenha salvado as almas. Pelo menos durante estes dias azuis. E queria falar-te sobre o poder que o amor dá. Parece uma música do tamanho do mundo onde me movimento. Ou serei eu um piano de cauda, uma harpa. Qualquer coisa com muito som junto a um mar em dia de maré cheia. E vejo-te secretamente em tudo. Sempre a meu lado. São coisas impregnadas de vida, de cor, de livros. Toalhas douradas estendidas até a noite de prata nos fazer levantar. E vamos.